Pelo que vemos todos os dias em todos os meios de comunicação, o Brasil vive hoje uma das suas maiores crises institucionais. A corrupção tomou conta dos setores governamentais e se espalhou como um câncer, deixando em estado terminal muitas pessoas e instituições que pensávamos, eram, de uma integridade inquestionável e irrepreensível. Não bastasse, o país vive um período de recessão, alto nível de inflação, desemprego, enfim, ingovernabilidade social e política. Mas, a desgraça que tem caído sobre nós não é mais que o puro fruto da ambição de alguns em detrimento da felicidade de muitos, a agonia
da multidão é ver que pode fazer bem pouco para evitar a destruição total das nossas esperanças no futuro. A decadência social e moral em que vivemos é antagônica a história do país do passado onde plantamos frutos de ordem e progresso, regando com suor e lágrimas, para hoje colhermos frutos de infidelidade, desobediências às leis e a aproximação cada vez mais crescente para a fronteira do liberalismo obscuro e da anarquia legalizada. Por que os padrões morais estão desvirtuados, invertidos, trocados por um falso moralismo e uma sensação de que está tudo bem, aliás, estamos na geração do “está tudo bem”.
Cercados pela alta tecnologia não vemos mais com os nossos próprios olhos, somos levados a enxergar pelo olho da máquina e não percebemos o abismo da insanidade da qual nos aproximamos na velocidade da luz. Vivemos pouco e sentimos necessidades uns dos outros menos ainda. Hoje é “ado, ado, ado, cada um no seu quadrado” ou “Tô nem aí, tô nem aí, não venha me falar dos seus problemas que eu não tô nem aí!”
Um dia, Jesus entrou numa sinagoga e enquanto falava às pessoas que ali estavam, entrou uma senhora, doente por dezoito anos, acometida de uma doença na coluna que a deixava corcunda cada dia mais.
Jesus olhou pra ela com olhar de compaixão e curou a sua doença que a levava a sentir muitas dores e que fatalmente logo a levaria à morte.
Mas a pior corcundez não é a corcundez física, mas é a corcundez espiritual, por que essa sim, nos leva a
olhar para baixo, para as coisas deste mundo, a sua concupiscência e não conseguimos olhar para o alto e saber que nossa salvação só pode vir de cima, de Deus.
Diante destes fatos, quero dizer aqui da minha indignação por uma negação que imagino jamais deveria existir, principalmente no Brasil, por ser um país de maioria cristã.
A proibição da BÍBLIA SAGRADA.
Segundo a constituição Brasileira, o Brasil é um país laico, conforme reza o art. 5º, inciso VI, da Constituição Federal de 1988. O país não é um Estado ateu, que repudia as religiões, e, embora não tenha uma religião oficial, não há por parte do Estado um combate à religião.
Quando eu estudava ainda o ensino fundamental, no meu tempo nem era assim chamado, anos 70 e 80, havia três matérias de suma importância para a firmação de um país forte e promissor:
Organização Social e Política Brasileira
– OSPB, Educação Moral e Cívica – EMC e Religião. Essas matérias foram um pilar para a formação dos meus conceitos nas três áreas. As duas primeiras foram extirpadas do currículo escolar sob argumentos inexplicáveis. A matéria de religião conseguiu colocar numa situação de disputas religiosas que é uma verdadeira colcha de retalhos, numa discursão interminável sobre quem pode afinal de contas
ministrar as aulas: Um teólogo católico ou um evangélico, enquanto isso, como não é matéria obrigatória, as escolas ficam sem o ensino religioso. Baseado na constituição que diz que o Brasil é um país laico (ou seja, o país não pertence a nenhuma religião – Leigo) coisa difícil de se entender e se definir, já que todos são obrigados a guardar os feriados religiosos estabelecidos pela igreja católica, em âmbito Nacional, Estadual e Municipal e a conviver com símbolos da mesma em todos os locais públicos, veja o que ficou
estabelecido pela constituição de 1988:
A Constituição Federal brasileira de 1988 é laica, ao contrário da Constituição de 1934, da Constituição de 1946, inalterada pela Constituição de 1967/69 – no período da Ditadura Militar.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação
básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
1º – O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
Observamos que é uma disciplina facultativa, ou seja, ninguém pode ser obrigado a cursá-la. Não obstante o A Bíblia é proibida no Brasil texto expresso da Constituição há quem defenda que o ensino religioso seja vedado pela constituição, porque a constituição veda o proselitismo e seria
necessário respeitar o direito fundamental de liberdade religiosa dos ateus, por exemplo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9 394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei
9 475, de 22 de julho de 1997) prescreve:
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino
religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores.
2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas,
para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
Isso de fato nunca aconteceu, já que as religiões e os conselhos escolares não conseguem chegar a um entendimento sobre qual a religião que terá a primazia.
Enquanto isso não acontece a principal ferramenta de estudo do cristianismo, a BÍBLIA, vai ficando esquecida num canto. E infelizmente sendo proibida nas escolas.
Pergunto, será que o maior líder católico, o chefe da igreja católica mundial, o Papa Francisco, sabe que no Brasil, país mais católico do mundo, a santa bíblia é proibida nas escolas?
Sim, porque a Academia Nogueirense de Letras – ANL, criou o projeto da BÍBLIA MANUSCRITA – a bíblia escrita à mão. Fez o lançamento do projeto em Novembro/2015 e levou à duas escolas particulares, para ser escrita por seus alunos. O projeto era para ter a bíblia escrita até o dia 10 de abril de 2016, data do aniversário da cidade de Artur Nogueira e que pronta a bíblia escrita à mão seria entregue
de presente de aniversário à cidade.
Ocorre que faltando um mês para a data, ainda faltava ser escrito todo o Novo Testamento. Então fui,
pessoalmente, a uma escola pública municipal, conversei com a direção e a diretora me disse que não poderia abraçar o projeto por se tratar de algo religioso, isso era proibido.
Fui então a uma escola pública do Estado de São Paulo, conversei com a diretora e ela me falou quase a mesma coisa, que a bíblia é um símbolo religioso e por isso não poderia colocar isso para os alunos, porque a escola é laica. Eu não entendi, porque a bíblia é um símbolo religioso do cristianismo, que o Brasil segue e defende em sua quase totalidade e com todo o seu sincretismo religioso.
Quando olhei pra parede da sala da diretora, lá estava um crucifixo, olhei em um canto da sala e lá estava a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Fiquei imaginando, como assim a escola é laica? E todos esses símbolos religiosos apenas católicos?
Enfim, ainda aguardo o dia em que apareça um líder no mínimo justo para que se faça entender que proibir a bíblia nas escolas é condenar muitas crianças rumo a muitas desgraças desse mundo, experimentar, usar pra valer e ir parar na prisão. Esse líder pode fazer um projeto definitivamente estabelecendo a presença da palavra de Deus, a BÍBLIA, livre nas escolas.
Dr. Camilo Martins – Presidente da AMLH